domingo, 10 de abril de 2011

Mudanças da nova ortografia

Alfabeto


• As letras K, W e Y passam a tornar integrantes do alfabeto, que passa a ser constituído por 26 letras. Seu uso, porem, não será absoluto, é restrito aos casos:

    - nomes próprios de lugares originários de outras línguas ou pessoas, e seus derivados;

    - símbolos, abreviaturas, siglas, unidades de medidas internacionais;

    - palavras estrangeiras incorporadas à língua.

    Ex.: Darwin, darwinismo, Taylor, Taylorista, Kuwait, kuwaitiano, km, kg, watt, megabyte, show, sexy.

Trema

• Era utilizado no U, nos grupos gue, gui, que e qui para indicar que o som do U era pronunciado. Deixou de ser usado, mas nada muda na pronúncia. Permanecendo somente nos nomes próprios estrangeiros e suas derivadas.

    Ex.: Müller, mülleriano, Bündchen.

Acentuação

- Acento diferencial

• Não existe mais o acento diferencial em palavras homônimas (que possuem a mesma grafia e som e sentidos diferentes). Permanece, porém, o acento diferencial nos verbos TER e VIR e seus derivados, e nos verbos PODER e PÔR, e é facultada a acentuação circunflexa em forma/fôrma.

    Ex.: “Qual é a forma da fôrma(ou forma) do bolo?”, para (pára), pela (pêra), pelo (pêlo), pera (pêra), polo(pólo).

- Outros

• Palavras terminadas em OO não serão mais acentuadas.

    Ex.: voo, perdoo, abençoo, povoo.

• Não usa o acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo, ou subjuntivo dos verbos CRER, DAR, LER, VER e derivados.

    Ex.: creem, deem, leem, veem, releem.

• Não se usa o acento nos ditongos abertos EI e OI das palavras paroxítonas.

    Ex.: boia, estreia, covia, geleia.

• Não se acentua o I e o U tônicos quando vierem depois de ditongo (exceto os crescentes).

    Ex.: baiuca, bocaiuva.

• Não se usa o acento agudo no U tônico, quando for precedido de G ou Q e seguido de E ou I, das formas tu, ele e eles dos verbos ARGUIR e REDAGUIR (únicos casos possíveis).

    Ex.: arguis, redarguem.

• Variação nas pronúncias dos verbos terminados em GUAR, QUAR e QUIR admitem duas pronuncias nas formas do Presente do Indicativo, Presente do Subjuntivo e no Imperativo.

    - pronunciadas com A ou I tônicos, serão acentuadas.

    Ex.: enxáguo, delínguo.

    - pronunciadas com U tônicos, não serão acentuadas.

    Ex.: enxaguo, delinguo.

Hífen

- Palavras Compostas

• Usa-se sempre que não vierem acompanhadas de elementos de ligação, exceto quando as palavras perderam a noção de composição

    Ex.: bate-boca, vaga-lume, girassol, pontapé, paraquedismo.

• Usa-se com palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação.

    Ex.: cri-cri, blá-blá-blá, tico-tico.

• Não se usa se apresentar elemento de ligação.

    Ex.: dia a dia, cara de pau, pai de todos.

• Usa-se em elementos derivados de topônimos (nomes próprios de lugar), com ou sem elemento de ligação.

    Ex.: belo-horizontino, porto-alegrense, sul-africano.

• Usa-se entre elementos que usa o apóstrofo.

    Ex.: gota-d’agua, fé-d’agua.

• Usa-se nos compostos que designam espécies animais ou botânicas, com ou sem elemento de ligação, não se usa quando forem empregados fora de seu sentido original.

    Ex.: bem-te-vi, pimenta-do-reino, bico-de-papagaio (planta), bico de papagaio (deformação nas vértebras)

- Com prefixos ou elementos que funcionem como prefixos.

• Usa-se diante de palavra iniciada com H.

    Ex.: anti-histórico, sobre-humano.

• Usa-se se o prefixo terminar com a mesma letra que inicia a outra.

    Ex.: anti-infracionário, inter-regional.

• Não se usa se o prefixo terminar com letra diferente daquela que inicia a outra.

    Ex.: autoescola, aeroespacial, intermunicipal.

• Se o prefixo termina com vogal e a outra palavra iniciar com R ou S, dobram-se essas letras. (rr ou ss).

    Ex.: minissaia, ultrassom, semirreta.

- Casos particulares

• Usa-se, com SUB e SOB diante de palavras iniciadas por R.

    Ex.: sub-reitor, sub-região.

• Usa-se, com CIRCUM e PAN diante de palavra iniciada por M, N e vogal.

    Ex.: circum-murado, pan-americano.

• Usa-se com os prefixos: EX, SEM, ALÉM, AQUÉM, RECÉM, PÓS, PRÉ, PRÓ, VICE.

    Ex.: além-mar, ex-aluno, vice-rei.

• O prefixo CO junta-se ao segundo elemento, se iniciar com H, corta-se o H, se iniciar com R ou S, dobra-se.

    Ex.: corréu, coabitação, coobrigação.

• Não usa o hífen com os prefixos PRE e RÉ.

    Ex.: preexistir, reedição.

• Usa-se quando os prefixos AB, OB e AD vierem antes de palavras iniciadas por B, D ou R.

    Ex.: ad-digital, ob-rogar, ad-renal.

- Outros casos

• Não se usa, na formação de palavras com NÃO e QUASE.

    Ex.: não agressão, quase delito.

• Usa-se quando MAL vier acompanhado de palavra iniciada por vogal, H ou L.

    Ex.: mal-humorado, mal-estar.

Obs.: se houver elemento de ligação, não se usa o hífen, caso não haja elemento de ligação, então se usa o hífen.

    Ex.: mal-francês, mal de Lazaro, mal de sete dias.

• Usa-se com sufixos de origem tupi-guarani eu representam forma adjetiva.

    Ex.: capim-açu, anajá-mirim.

• Usa-se para ligar duas ou mais palavras que se combinam formando encadeamentos vocabulares (e não vocábulos).

    Ex.: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

• Se no final da linha, a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.

    Ex.: (bla-bla-bla-bla-bla-bla-bla) não sei o como ela aguenta aquele namorado sempre mal-

-humorado.




Fontes:

http://www.atica.com.br/novaortografia/index_.htm
http://www.mundodastribos.com/novas-regras-ortograficas-da-lingua-portuguesa.html

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